Aqui é da Mega Prev especialista em aposentadorias do INSS.
A aposentadoria por invalidez — atualmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente — é um benefício pago pelo INSS aos trabalhadores que, por motivo de doença ou acidente, não conseguem mais exercer nenhuma atividade laboral de forma definitiva.
Mas afinal, quem tem direito a esse benefício? Como é feito o pedido? Quais documentos são exigidos? Há necessidade de passar por perícia? Acompanhe neste artigo todas as informações essenciais sobre o assunto.
O que é a aposentadoria por invalidez?
A aposentadoria por invalidez é um benefício concedido aos segurados do INSS que estão total e permanentemente incapacitados para o trabalho e que não têm possibilidade de reabilitação para outra função.
A incapacidade precisa ser comprovada por documentos médicos e laudos, além de uma perícia realizada por um médico do INSS.
O nome oficial desse benefício foi alterado pela Reforma da Previdência e agora se chama aposentadoria por incapacidade permanente, mas o termo “aposentadoria por invalidez” ainda é amplamente utilizado.
Quem tem direito à aposentadoria por invalidez?
Para ter direito à aposentadoria por invalidez, o trabalhador precisa cumprir os seguintes requisitos:
1. Qualidade de segurado
Estar contribuindo para o INSS no momento do surgimento da doença ou estar dentro do chamado “período de graça”, que permite manter o direito por um tempo mesmo após parar de contribuir.
2. Carência mínima de 12 contribuições
É necessário ter, pelo menos, 12 meses de contribuição para o INSS. No entanto, essa carência é dispensada em casos de doenças graves, como:
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Câncer
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AIDS
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Doença de Parkinson
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Esclerose múltipla
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Alienação mental
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Tuberculose ativa, entre outras
3. Incapacidade total e permanente
A pessoa deve estar completamente incapacitada para exercer qualquer atividade profissional, e essa incapacidade deve ser considerada irreversível.
Como solicitar a aposentadoria por invalidez?
O processo pode ser feito de forma online, por meio do portal ou aplicativo Meu INSS. Veja o passo a passo:
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Acesse o site meu.inss.gov.br ou o app Meu INSS
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Clique em “Pedir benefício por incapacidade”
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Escolha a opção “Aposentadoria por incapacidade permanente”
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Preencha os dados solicitados
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Anexe os documentos médicos (laudos, exames, atestados)
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Aguarde o agendamento da perícia médica
A perícia médica do INSS
A perícia é obrigatória para que o INSS reconheça a incapacidade permanente. Nessa avaliação, o médico do INSS irá verificar se:
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A doença realmente impede o exercício de qualquer atividade
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A incapacidade é definitiva
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Não há possibilidade de reabilitação para outro trabalho
Se a incapacidade for temporária, o INSS pode conceder apenas o auxílio-doença.
Valor da aposentadoria por invalidez
Com as regras da Reforma da Previdência, o cálculo do valor mudou:
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O benefício é de 60% da média de todos os salários de contribuição, somando-se 2% para cada ano de contribuição além de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.
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Em casos de acidente de trabalho ou doenças graves, o valor pode ser integral, ou seja, 100% da média.
Direitos adicionais do aposentado por invalidez
Além do benefício mensal, quem recebe a aposentadoria por invalidez tem outros direitos:
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Isenção de imposto de renda, em caso de doenças graves
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Revisões periódicas, geralmente a cada dois anos (exceto para quem tem mais de 60 anos ou doenças irreversíveis)
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Possibilidade de acréscimo de 25% no valor da aposentadoria, caso o aposentado necessite de cuidados permanentes de terceiros
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Direito ao 13º salário e pagamento mensal garantido
O que fazer se o benefício for negado?
Se o INSS negar o pedido de aposentadoria por invalidez, o segurado pode:
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Entrar com recurso administrativo diretamente no INSS, dentro de 30 dias
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Ingressar com ação judicial para contestar a decisão
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Buscar apoio de um advogado especializado em Direito Previdenciário
Conclusão
A aposentadoria por invalidez é um direito importante para quem enfrenta uma incapacidade permanente para o trabalho. Em 2025, o processo continua exigindo documentação médica, perícia e atenção às regras atualizadas.
Se você ou alguém da sua família está nessa situação, é fundamental se informar, reunir os documentos corretos e buscar o apoio necessário para garantir esse direito.